Gale

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:08

☄ Havange - Página 2 Lamb%252520by%252520darkshadeness

Eu acompanhei o movimento do homem ao sentar-se sobre as tábuas velhas do cais. Elas rangiam enquanto ele fazia isso. Percebi, com meus olhos verdes sombreados por uma tristeza que me cansa, que um homem elegante não necessariamente deve ser mesquinho. Para responder-lhe, eu teria de estar a seu nível, embora eu pudesse me dirigir à enorme cartola que por pouco não me alcançava por inteiro. Sempre apreciei o súbito, eu deslizei meus pés para frente e caí bruscamente, sentado, sobre as tábuas. A dor pouco me importava. Eu ignorava.

- Que é saudade? Um sentimento. Uma emoção. Que aperta na falta de algo. Um momento. Uma pessoa.

Coloquei os pés para fora da ponte. Estávamos na borda. Eu podia balançar as pernas freneticamente acima das águas escuras. E olhar a lua parda com o queixo erguido.

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:11

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:13

Eu me esforçava para imaginar o momento que lhe fazia falta. Nunca fui curioso. Eu apreciava o silêncio, e o respeitava. Só no silêncio que se pode escutar os sons mais tímidos da natureza. O chacoalhar das ondas... O crepitar do fogo... A respiração aberta... Eu escutava. E escutava ao meu coração, dos desejos oprimidos.

- Eu não sentiria falta do que vivo, se eu partisse para longe daqui...

Eu acompanhei uma costura da calça com a ponta dos dedos. Meus olhos baixos. Diziam que meus olhos eram bonitos. Talvez a única parte de mim, realmente bela e colorida.

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:14

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:15

A costura perdeu significado. Uma mera linha preta sobre o marrom da calça. Minha sobrancelha meramente arqueou, em dúvida. Ora pois, embora eu negasse com minha imparcialidade na expressão, aquela costumeira pergunta, um assombro, me perturbava, e muito! Embora feita desse modo, me fazia ceder à tranquilidade. O homem não estava fazendo uma chacota comigo, ou dando-me pontapés por eu não parecer o que eu sou...

- Homem.

Tentei me distrair, com os olhos passeando no reflexo dourado das chamas sobre a face do mar. Juntei as mãos entre as pernas e parei de balançar essas últimas. O constrangimento amenizara.

- Que é estranho, sei disso. Me chamam por Aloysius. Te chamam pelo o quê?

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:17

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:18

Eu espiei-o por cima do ombro quando respondeu-me. Ele estava absorto demais. Ou era eu, absorto na minha mera visão, julgando-o por um mero retratar de olhos? Existiam mundos dentro de cada um de nós. O homem poderia estar quieto, mas como eu poderia julgar o estado de seu mundo interior? Voltei-me ao mar, pois ele é monótono, calmo, e de fácil compreensão. Ele me reflete durante quinze anos, me proporciona conhecimentos somente adquiridos na solidão. Quando submerso na beleza oceânica, eu reflito... Despertei de repente, coloquei uma mão sobre a madeira úmida da ponte e, com esse apoio, levantei-me. Olhei para baixo, vi uma cartola. Cursei o trajeto que ela fez quando rolou e encontrei Gale no meu foco de visão.

- Gale. - Repeti. Esbocei um sorriso, nunca fui muito de sorrir. - Devo ir. Posso confiar que ficará bem? A noite está infestada de perigo. Furtos.

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:19

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:23

ATO NÚMERO 3

Ajeitei a cartola alta sobre o gabinete do barco. Junto aos desenhos inacabados de uma boneca de pano. Eu temia que a vissem. Desenhei linhas sem razão sobre a poeira que residia na madeira do móvel. Repousava lá. Levantei os olhos para a janela, fui até seu parapeito recostar o cotovelo e apoiar o queixo na palma da mão. Ergui a sobrancelha para o mar, desafiando-o em um silêncio mútuo. Mas meu barco estava ancorado, ao contrário do meu coração. Havange, uma maldição de cidade! Como eu poderia fugir desse marasmo?

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:26

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Pobre Cecille! Que faria ela agora? Seu mestre, seu amado mestre, onde estaria? E se lhe fosse permetido chorar! Tamanho era seu desespero quando batia aquele vazio no peito. Uma boneca que agia como humana, tão engraçado seria se o Céu agisse como o mar! -:-:- São coisas diferentes, Cecille. Ai de mim, mas é preciso. -:-:- E a boneca caminhou até seu ajudante, seu andar já não era tão torto e isso a enchia de alegria! Mas não era seu andar de quando ainda tinha seu mestre, por isso não estava completamente satisfeita. -:-:- Agradeço-te, mas devo partir. -:-:- E toda a primeira conversa passava por sua mente, algumas coisas não podem se realizar, pois como dizem os humanos é assim que Moros quer. E a pobre boneca os entendia, embora pensasse diferente, pois só amava o Céu e seu Mestre, se é que bonecas amam alguma coisa.

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**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:27

Franzi o cenho ao escutar às palavras de Cecille. Dei as costas à janela de vidro partido e apoiei as duas mãos sobre o parapeito da janela, um tanto folgado, largado, observando a menininha de pano. Que ela pensava? Eu fizera uma promessa, não? A segunda promessa de minha vida. É certo de que as coisas são difíceis e tomam tempo, mas que é uma longa espera em troca da realização? É justo! Uma fala pausada de uma voz rouca e andrógina, era a minha.

- Que te faz partir, de súbito? Vamos encontrar o "mestre", não vamos?

Eu temia minhas próprias palavras. Temia que não fossem mais do que palavras. Eu vivia ancorado à uma vida medíocre. Destino?

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:34

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E a boneca sorrira gentilmente, afinal deveria ser paciente, coisa que faltava aos humanos, mas então ela aparecia de uma forma tão inusitada! Já tomara muitos anos e Cecille pensava. -:-:- Que aconteceria se rasgassem o Céu? -:-:- Pobre Cecille, tinha medo de imaginar! Mas a pergunta fora feita em tom baixo, como se escapasse, sem pensar. -:-:- Os anos para tu passam rápido, pois és humano e a morte lhe vem cedo. Mas sou uma boneca! A única e mais bela! E os anos para mim se arrastam e prolongam meu pesar. Tu não podes sair, não é? Dez anos para tu, é como cem para mim, embora quando olhe para trás... -:-:- E se interrompeu, pensativa, como se não estivesse ali. -:-:- Devo partir, pois bonecas não são felizes sozinhas. Preciso do meu mestre, assim como tu precisas da liberdade. É exasperante! Não posso continuar aqui se meu mestre está em outro lugar. Pobre Cecille sem mestre! E ele precisa de mim, também.

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:36

Meu olhar era de pesar. As pálpebras abaixaram. Meus olhos verdes agora eram de um sublime mistério. Um olhar lançado por aqueles românticos filósofos poetizando nas ruas, mas nunca compreendidos, pois cada coração é único. Cada coração possui sua escrita. E se a boneca, no sentido figurado, possuía um coração, como poderia eu compreender? Levantei o olhar em um susto, despertando para a realidade, e olhei-a com uma expressão conformista que tomava o meu rosto. Sob a luz fraca da lamparina, tremulando...

- Não era esse o meu desejo... Posso partir. Não posso agora. Em pouco tempo, partirei... Para o mar. Estaria cumprindo duas promessas. Velejar junto da minha amiga Anne, e buscar pelo "mestre" em novas terras. Mas, quer você partir? Você traça o seu destino.

Meu coração disparou às últimas palavras. Meus olhos arregalaram-se, e eu mantive o foco em qualquer ponto sem importância durante uns instantes. Como aquelas palavras me vieram? Blasfêmia! Como eu pude? Estranhamente, o som do trincar do vidro da janela soou quando eu disse tal coisa, e se partiu. Afastei-me da janela e espiei. Não era nada.

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:39

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Pobre humano que não entendia! A boneca balançou a cabeça negativamente e riu. -:-:- Teu pouco é muito para mim, Pobre Cecille! Há tantos anos sofro com essa perda! Ai de mim, onde estará meu mestre? Sinto falta, muita falta. -:-:- Mas aquela frase fez com que a boneca parasse e tombasse a cabeça levemente para o lado. O que era aquilo agora? -:-:- Imagino que sim, uma vez que existo. Poderia algo assim existir? É um jogo injusto, o de teu deus. Não importa o que tu faças... -:-:- Comentou e balançou a cabeça negativamente outra vez. -:-:- Mas tu disseste! Sim, sim! Foi tua escolha, apenas tua. Não há mentira nisso. -:-:- E a boneca riu novamente, aquela risada límpida.

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**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:42

Procurava pelas palavras que me fariam ser perdoado diante do pecado, da blasfêmia cometida por mim, mesmo que inconsciente. Eu procurava negar o que a boneca dizia, sobre minha escolha. Olhava para os lados à procura de uma resposta escrita nas paredes, caso houvesse, mas no ímpeto eu sabia que não passava de delírio! Parei com a inquietação, olhando para a boneca, e levantando a mão para perto do meu rosto, para pousar dois dedos sobre meus lábios, pensativo e confuso.

- Disse...? Tive uma sensação boa quando eu... Disse. Não! - Irrompi, indagando, e indo para o gabinete a passos rápidos para me sentar na sua ponta e olhar para o nada. - Sensação de quem peca, deve ser... Mas... Que se parta, esse Moros!

Me vi dizendo algo pior, horrível, de peso. Uma onda avançou, violenta, e um pouco de água adentrou as janelas, mas logo tudo voltou à calmaria monótona de sempre. Eu estranhei...

- Que palavras horríveis as minhas, sei... Perdão. Desejo sorte na sua busca, Cecille...

**Administrador** Sáb 21 Jan 2012, 19:44

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E a boneca agora estava séria enquanto ouvia as palavras do humano. Pobre humano sem liberdade! Assim como Cecille sem mestre! Tão triste deve estar, triste, sim. Deu um aceno positivo com a cabeça enquanto se dirigia para a porta da cabine. Já iria sair, mas parou e olhou uma última vez para o humano. Mas seria a última mesmo? -:-:- Teu deus é injusto. Pecado, tu disseste. Responda-me. Se tu fosses um deus, gostaria que teus filhos pecassem? Se tu és o destino, deixaria que teu filho pecasse? Tu podes, assim como eu. Tu és responsável por tuas decisões. -:-:- E deu-lhe as costas, chamava pelo mestre com desespero, mas ele não estava ali e isso fazia a boneca tão triste! -:-:- Terei sorte, pois sou a única! Ei de conseguir, pois amo o Céu, se ele não se rasgará, então também não desistirei. O Céu não quer ser como o mar, eu não quero ser como tu. -:-:- E lá se foi a boneca, perdida, perdida! Onde estaria seu mestre? Mas encontraria, enquanto o Céu continuasse inteiro, ela viveria, pois era uma boneca e na cabeça das bonecas tudo é muito simples. E o que poderia ser mais simples para Cecille do que encontrar seu mestre e ser feliz novamente?

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FIM

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:43

ATO NÚMERO 5

Eu era um garoto vestindo uma blusa de lã dos botões, abotoados. Não me pertencia. Dizia minha mãe, que fora do meu falecido pai. Era maior que eu, e cobria até os meus joelhos. Me era extremamente útil agora, porque três valentões me fizeram de alvo dos seus murros esperando que eu me humilhasse dizendo ser uma garota. Arrancaram-me a calça, e eu era tímido, envergonhado, mas tinha aquela blusa. Mas esse garoto estranho que era eu, só um detalhe. Eu estava sentado sobre um barril no cais, contemplando a infinidade negra da noite, sua profundidade indescritível por se não um ser divino... Ser divino que eu duvidava da existência, sei disso. Eu limpei o sangue que escorria do canto da boca, com as costas da mão, sem me importar. Que seria uma gota de sangue no mar de escolhas que para meu coração, se abrira? Eu só precisava de outra calça...

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:48

[ ~ ] Andava novamente em meio aos piratas, toda aquela gente do mar que nunca tinha a oportunidade de ver uma garota na maior parte do tempo. Mas Anne não conseguia lembrar-se de nenhuma hora em que tivera problemas com nenhum deles, e desconhecia a razão disso. Quem sabe realmente convencessem o seu chapéu de capitão, sobretudo e tapa-olho. Tudo, claro, suposição. Não conseguia achar nenhum outro motivo para que os outros sempre a respeitassem, se é que poderia chamar isso de respeito. [ ~ ]

[ ~ ] Andou um pouco perto do mar, observando as estrelas. Já sabia o que havia além delas. Depois, já um tanto entediada, sentou-se à beita de um cais, observando a água escura abaixo de si.[ ~ ]

[ ~ ] Quem sabe fosse suportável acreditar que aquele monte de gente bruta sem respeito algum nada fizesse com a menina, mas ninguém acreditaria um segundo sequer que ela havia desafiado as regas de Lyrenso, cruzado os mares a bordo de um barco e visto tudo o que havia além do conhecido, algo que nem o mais destemido dos navegadores fora capaz de fazer. [ ~ ]

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:51

Meu coração pulsava com a vontade de saltar e voar do meu peito, para longe. Para a verdade espalhar. Era meu desejo, sei disso. O que estava além do pano onde pregaram o sol, a lua, as nuvens, estrelas, era além da verdade absoluta imposta sobre a massa, domada por dogmas e medos antigos. Ergui o queixo para encarar a lua. A parda lua de papel amassado. Que era ela, mero papel? Que era Lyrienso? Que era tudo? As questões que açoitavam os pensamentos dos filósofos de praça, aos quais nunca deram ouvido. Dariam ouvido ao que eu tinha a revelar? Eu queria provar... Fui depositar o olhar no mar e vi Anne, sentada na beira da ponte. Saltei do barril, com sutilidade. Olhei para as pontas da blusa e as puxei para baixo, tentando tapar do joelho abaixo, mas suspirei pesaroso ao falhar. Foi com um temor trêmulo dos meus olhos verdes que me aproximei da minha amiga e sentei-me, corando, ao lado dela. Preferi selar meus lábios finos e permitir ao silêncio nos reconfortar.

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:53

[ ~ ] Percebeu certo movimento ao seu lado e não se moveu, ficando apenas atenta, os olhos observando de soslaio o que acontecia de cada lado de seu corpo. Logo, percebeu Aloysius sentando-se perto dela, e novamente relaxou o corpo. Seus olhos não se demoraram tanto no garoto e nada de normal fora percebido. [ ~ ]

[ ~ ] Ficaram novamente em silêncio, Anne esperava que Aloysius voltasse ao assunto do mundo de rabiscos, algo que ela tinha quase certeza de que aconteceria nos próximos minutos. [ ~ ]

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:54

As ondas quebravam-se aos pés da miserável cidade do porto, a tal Havange. Eu crescera ali. Eu sofrera ali. Conhecera uma garota excepcional a quem pude chamar de amiga. Era hora de tomar a coragem suficiente e deixar as mentiras que me foram contadas para trás. Hora de lançar todo o peso ao fundo do mar para que a água traçasse e enferrujasse as más lembranças. As boas lembranças com Anne, eu pretendia levar. Não, era muito pouco para minha pretensão... Eu pretendia levá-la junto a mim.

- Que me diria se eu te convidasse... A partir na busca da verdade?

O mar era uma mentira, também. Eu olhei para aquela que estava ao meu lado, ela assim como as várias pessoas pertenciam à vericidade de Lyrienso. Não via como crer no que meus olhos vinham, quando sob panos existem chaves que guardam as portas de um segredo inviolável. Eu tinha linhas duras de expressão.

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:56

[ ~ ] Respirou fundo, refletindo sobre o que o garoto ao seu lado dissera. Sim, estava realmente interessada em saber o que era aquilo além do céu, queria entender tudo aquilo que agora lhe incomodava nas noites de sono, quando ela ocupava os pensamentos em busca de alguma resposta ela mesma, mesmo sabendo que aquilo, no momento, estava além de sua compreensão. Mas também estava bem interessada em saber como ele faria isso.[ ~ ]

[ ! ] Eu aceito. O que está planejando?

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:58

Esfreguei o queixo com as pontas dos dedos, naquela pose dos jovens pensadores desperdiçando tempo demais pensando e pouco agindo para provar o quão brilhantes e polidos são os diamantes de seus sonhos incompreendidos. Meus olhos viajavam de um lado para o outro, e eu estava a buscar as palavras mais corretas para expressar um desejo pretensiosamente maluco. Comecei com fala pausada.

- Soa sonhador demais, sei disso... Olharemos nos olhos do rei. Faremos o tal homem coroado rasgar os céus. Ver por si só.

Desviei o olhar temendo alguma reprovação. A lua refletia trêmula nas águas, feito meus sentimentos.

**Administrador** Dom 22 Jan 2012, 10:59

[ ~ ] Sua testa foi se franzindo à medida que Aloysius contava seu plano. Claro, era essa a solução óbvia para crianças de, talvez, cinco anos, mas para ele...? [ ~ ]

[ ~ ] Mas, mesmo assim, náo iria reclamar. Porque, afinal, sabia que ele não planejava algo tão simples assim. Não podia ser, a não ser que tenha batido a cabeça em algum lugar, o que achava que não era o caso. Estava ansiosa para invadir aquele castelo. Ou, pelo menos, visitar a cidade onde ele estava situado. Logo, postou-se de pé.[ ~ ]

[ ! ] E quando vamos?

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