Anne

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:39

[ ~ ] Observava ao garoto como observaria a um barco inimigo ao longe, no mar. Aquilo era estranho. Nunca se imaginaria parte de uma... Uma conspiração? Não, mas algo que realmente mudaria tudo. Uma revolução. Causaria um barulho grande. Por que justo ela? De qualquer forma, suspirou aliviada quando o cano sugou o livro. Agora poderiam sair daquele lugar que nunca deixou de dar-lhe um sentimento totalmente desconfortável. [ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:41

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Virei-me e olhei para Anne. Esbocei um sorriso, porque estava feito. Eu sorria às incertezas e desafios do futuro. Via-as se elevando como ondas, daquelas que conforme arrastavam as águas consigo, provocavam um som perturbador que antecipava à morte, fazia-nos fechar os olhos e desejar. Mas eu sorriria às ondas que viriam. Eu e Anne, éramos peritos naquele confuso mar, piratas afinal! Passeei com o olhar pelas prateleiras, estantes de livros, o vitral, o enorme livro aberto no altar... Possuíam a beleza que eu jamais veria em outra biblioteca. Partiríamos, então. Me dirigi à caminho da saída, e depois à sala com a lareira e o piano.

"Um homem de vestimentas nobres, de mangas cheias de babados, empurrou a porta principal da sala e adentrou com um andar elegante. Ele tinha uma cartola e um par de óculos, pelos quais seus olhos castanhos enxergaram um par de jovens descendo as escadas. Seu andar elegante falhou quando os vira, e os livros que carregava debaixo do braço direito caíram e se amontoaram, pobres páginas agora amassadas. O homem não tratou de recolhê-las, apenas observava aos dois com olhos faiscantes de excitação. Ele fechou a porta às suas costas e retirou o casaco, colocando o mesmo em um cabideiro de madeira ao lado".

Cessei quase no fim da escada, com as mãos sobre o corrimão suave, lustrado. Meus olhos arregalaram-se de surpresa ao ver o homem entrar.

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:42

[ ~ ] Conteve-se para não soltar um grito de euforia quando Aloysius caminhou para fora do quatro. Não seu uma olhada ao redor como ele; simplesmente seguiu-o com passadas rápidas, se mordendo para não ultrapassá-lo e dar o fora dali logo. Oh, liberdade!.... E foi por isso que bateu nas costas do garoto quando este parou, quase caindo nos degraus. E levanto ele junto ao chão. [ ~ ]

[ ~ ] Abriu a boca para fayer algum comentário venenoso quando seguiu seu olhar, encontrando um homem ali, na entrada da casa. E ISSO fez seu coração bater rápido. [ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:43

Desci mais dois degraus quando Anne esbarrou em mim. Pediria para ela ter cautela, mas eu estava absorto na imagem de um homem recém-chegado, muito arrumado e intelectual para parecer-me uma ameaça. Algum nobre de Miskronie, eu diria.

"O homem antecipou-se para eles, quando viu-os indefesos e confusos. Tirou a cartola e passou a mão sobre o cabelo curtinho penteado para trás. Ajeitou os óculos como quem observa um mecanismo complexo ou alguma obra de arte, estreitando o olhar para ver melhor. E por fim, sorriu.

- Vocês... Venham, venham, por favor! Sentem-se! - Convidava o homem, que se dirigia à uma poltrona frente à lareira apagada e acomodava-se, aguardando pelos dois. - Vocês não virão? Temos muito a conversar, eu insisto!"

Troquei um rápido olhar de dúvida, receio, com Anne, mas aceitei o convite. Seja lá quem fosse o homem, era a pessoa mais comum que eu vira em Angieses até então. Me acomodei no estofado cor-de-vinho, que admito, era muito confortável. Mas eu estava muito inquieto com a situação.

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:45

[ ~ ] Franziu o cenho de leve e assim ficou enquanto via os outros se movimentarem para se sentarem nas mobílias da sala. Deu alguns passos para terminar de descer as escadas, mas não se sentou como Aloysius. Estava um tanto cansada de ficar deitada naquela cama, preferia ficar de pé. Não falou nada e seus olhares se alternavam entre os outros dois homens, ainda estranhando tudo aquilo. Quem raios era ele? [ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:45

"O homem ergueu os olhos para Anne, intrigado.

- Não irá sentar, jovem dama? Pois bem, não temos muito tempo. - E ele espiou as janelas de onde vinha a claridade da tarde, certificando-se de que não estavam sendo vigiados. - Entendo porquê me lançam esses olhares confusos, mas por favor fiquem à vontade! A própria princesa Olga foi quem me enviou a vocês. Ela me contou sobre o desastroso encontro que tiveram no palácio real, e pediu que eu viesse ajudá-los. Pois, sabemos, a princesa é muito ocupada! - Ajeitou os óculos e respirou fundo, recompondo o fôlego. - Meu nome é Durwart Manson. O primeiro e único historiador da família Manson, existente. Sim, isso soa insensato, mas vejam. - Ele apanhou um velho livro da mesa de centro e pousou o dedo ao lado do seu nome no canto da capa. O livro fora publicado no ano de 53. - Percebem? O primeiro livro assinado por um Manson. Todos os livros da família Manson são de minha autoria. Sim, eu estou vivo há dois séculos! Mas para não despertar a curiosidade ao que se refere à minha imortalidade, forjo essa falsa existência de uma família de historiadores. Os únicos que possuem conhecimento sobre tal coisa são os membros da família real. - Fez uma pausa, tossindo. - Muito bem, meus jovens, eu sei o que estão buscando, não se demorem com explicações! Façam suas perguntas, vamos!"

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:47

[ ~ ] Ficou quieta por um tempo, refletindo. Refletindo sobre tudo o que ele falara. Parecia até brincadeira... Tudo parecia brincadeira. Um sonho. Daqueles que você logo acorda e suspira aliviado por não ter acontecido, por ainda estar vivendo sua vida perfeitamente normal. Mordeu o lábio direito. Num instante, esqueceu-se de todas as perguntas que brotaram em sua cabeça durante a aventura. Foi recuperando-as, pouco a pouco, e soltando na mesma velocidade.
[ ~ ]

[ ! ] Você já esteve atrás do céu?

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:50

"Os olhos do homem giraram, inquietos, buscando uma resposta. Franzia o cenho, pensativo, tentando lembrar-se de atravessar alguma vez os céus nos seus dois séculos de vida. Por fim, balançou negativamente a cabeça.

- Não, infelizmente não tive tamanha oportunidade, jovem dama. Mas a princesa me contou que estiveram lá. Imagino, deve ser fascinante!"

A revelação sobre a farsa dos Manson já estava a me intrigar, mas as últimas palavras dele me causaram certo desconforto, e eu visitei a lembrança do encontro com a princesa, arqueando as sobrancelhas ao comentar...

- Que estranho, isso, senhor. Não contamos sobre tal mundo à princesa.

"O homem sorriu e ajeitou os óculos, focando Aloysius.

- Mas estiveram lá, não estou certo? - Ele voltou-se para Anne. - Mais dúvidas?"

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:51

[ ~ ] Franziu um pouco mais o cenho. Sua testa não havia voltado ao normal desde que aquele homem começara a falar. Depis de muito refletir, balançou a cabeça negativamente. Tinha, sim, perguntas, mas a observação de Aloysius intrigou-a. Não gostou do jeito como ele se esquivara daquele fato. Não, mesmo que ele fosse a chave para muitas respostas, não gostou muito dele. Não confiava. [ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:52

Tomei a decisão de perguntar, pois se era tão interessante a ele fornecer-nos informações, mais era para mim recebê-las. Mas eu não poderia negar o quão a presença dele sufocava-nos mais que o vazio da mansão.

- Que a princesa pretendia nos indicando buscar por uma família que não existia?

"O homem demorou-se, com o olhar inquieto novamente. Suas mãos estavam juntas sobre as pernas, os dedos se esfregando. Até ele encontrar uma resposta e encarar o garoto, dando-lhe respostas inúteis novamente.

- Não consigo imaginar... A princesa é misteriosa até mesmo para alguém sábio como eu! Entendem? Talvez, tenham algo a fazer nessa mansão, não? - E fez uma pausa. Ele deixava a pensar que sabia de algo mais, e ficaria feliz se os contassem. - Perdoem a minha ausência, eu não vivo nessa mansão. Vocês encontraram o guardião da mansão? Um garoto com um cão. Espero que não... Nada agradável, entendem?"

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:54

[ ~ ] Empalideceu de repente. Como aquele garoto, aquele que tacou uma pedra na própria janela, aquele tão pálido como um fantasma, aquele que nem sequer parecia ter pais, aquele do lobo enorme que ele simplesmente deixou correr atrás deles... Enfim, como?! Sim, neste momento tinha perguntas, e se o homem respondesse de maneira vaga novamente iria apertar sua garganta com tanta força que as palavras sairíam por si sós, e que se danasse, porque estava a fim de fazer aquilo, mesmo. [ ~ ]

[ ! ] Fale sobre o menino.

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:55

"- O menino. É filho de um fazendeiro da região. Pedi a ele que guardasse a mansão para impedir furtos ou visitas indesejáveis. - O homem, que parecia tranquilo nas suas palavras, alterou-se com o pavor estampado no rosto. - Não me digam que... Vocês o viram? Que proeza estarem vivos! Peço que me desculpem pelos atos do menino, ele não é muito amigável, eu sei..."

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:56

[ ~ ] Mordeu o lábio inferior novamente. Queria que ele falasse mais sobre o menino, sobre tudo. Mas percebeu que sempre teria que pressioná-lo pelas respostas. Não gostava daquilo. Não mesmo. Preferia então sair e achar as respostas ela mesma; era até mais interessante e finalmente sairiam daquele lugar. Mas não disse nada, ficou em silêncio. Deixou que Aloysius assumisse o controle novamente, perguntasse o que quisesse. Era apenas uma coadjuvante naquela aventura, afinal. [ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:57

As respostas do homem eram de pouca ajuda. Suspirei, desanimado. Resolvi ser direto. Se o homem, tanto quanto a princesa, estava ciente da nossa situação, que mais restaria a mim? Fui direto.

- Que devemos fazer? Nessa busca pela verdade. Que tal destino devemos traçar? A origem do mundo, como Lyrienso surgiu? Como foram seus tais primeiros anos?

"O homem riu um pouco, porque tal pergunta soava-lhe absurda vinda daqueles que, nas palavras da princesa, resolveram traçar seus próprios destinos. Por que precisavam de orientação?

- O destino são vocês que traçam, não é isso? - Riu um pouco mais, mas breve. - Mas vejam, sobre a origem do mundo eu pouco posso contar... Mas conheço um homem que possui tal conhecimento. Juan Ombroso. - Seu tom era grave e sério ao citar tal nome. - Certamente, que já escutaram sobre o circo macabro. - E abaixou a voz, sussurrando algo que deveria ser para si mesmo, com o olhar baixo. - Só desejo que não terminem como ele..."

Levantei-me de súbito, sem esperar por mais prolongadas histórias, mesmo que essas fossem um tanto quanto interessantes. Disse um mero "Obrigado, senhor", e fui a me retirar pela porta principal, certo de que Anne me acompanharia.

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 10:59

[ ~ ] Suspirou aliviada pela segunda vez naquele dia. Glória, sairia daquela mansão. Apenas dirigiu um leve menear de cabeça ao homem, não muito olhando para ele, e seguiu Aloysius. Sabia que ele sussurrara algo, e ficou realmente irritada em não ter conseguido compreender, mas tentou esquecer. Redobraria a atenção na aventura, se é que era possível... [ ~ ]

[ ! ] Circo?

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:01

Dei de ombros à Anne, tão confuso quanto ela sobre um tal circo macabro. A cidade do porto nos isolara do resto do reino, éramos tão ingênuos sobre as histórias e boatos que corriam aquelas terras...

- Tal circo do qual nunca ouvi falar... - E, adentrei as plantações que rodeavam a mansão, desejando encontrar logo uma trilha do outro lado. - Mas que devemos fazer para encontrar o tal Juan?

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:02

[ ~ ] Bufou. Outra pergunta que, julgava ela, tinha uma resposta realmente óbvia. Onde achar alguém que vive fazendo shows em um só lugar e nunca é visto fora dele? Dur? Olhou para Aloysius como que perguntando se ele estava batendo bem da cabeça.[ ~ ]

[ ! ] No circo, onde mais?

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:03

Revirei os olhos. Sim, no circo, mas restava descobrir onde estaria esse circo. Eu afastava os pés de milho com as mãos, abrindo o caminho. Onde estaria a trilha? Eu escutava um som de carruagem...

- Em que lugar estaria o circo?

O som se aproximava, mas a trilha eu nunca via. Não soava como uma única carruagem...

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:04

[ ~ ] Mordeu o lábio inferior. Sabia o nome da cidade, já havia ouvido falar. Mas não se recordava no momento, não conseguiria nem dizer a direção. Só sabia que era uma cidade estranha, falavam. Combinava com o circo. Ela sabia onde era o circo. Mas não sabia para onde ficava a cidade. E se irritava quando falava coisas óbvias e depois não conseguia rebater uma pergunta que ela sabia que sabia. Mas...... Perdeu a linha. Um som de carruagem cortou seus pensamentos e ela voltou ao mundo real, olhando ao redor, o cenho franzido. [ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:05

Mais um último pé de milho e encontrei-me na margem de uma larga trilha. Minha atenção fora roubada pela carruagem vermelha-escura, fechada, carregando alguém que eu não pudera ver através do vidro escuro, puxada por dois cavalos malhados, imponentes. Um homem, sentado em um banco na altura do teto da carruagem, chicoteava os dois animais para se apressarem. Seguido da deslumbrante carruagem, vinham carros pretos vintage puxando vagões do que, segundo denunciavam as suas ilustrações e cartazes, transportavam um circo. Contei sete ou oito vagões puxados por carros, todos os vagões eram coloridos, chamativos. Eu imagina os animais aprisionados naqueles vagões. Um leão? Um elefante? Tudo parecia-me vislumbrante! E deveras coincidência, pois o circo cruzava a nossa trilha. Não pude demorar-me ali, era a nossa oportunidade. Saltei para uma escada posta na lateral de um vagão e subi até o seu teto, para alojar-me lá numa viagem sem rumo certo.

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:06

[ ~ ] Ficou observando a carruagem e seus vagões, já sentindo o cheiro de certos animais. Franziu o cenho. Não se irritava com aquilo, de jeito nenhum. Mas não gostava de imaginá-los presos. Simplesmente... Não. E pensava nisso quando percebeu que Aloysiuys não mais estava ao seu lado, e sim correndo na direção dos vagões. Aquele moleque não parava e sequer avisava para onde ia... [ ~ ]

[ ~ ] Suspirou e seguiu-o, subindo em um vagão diferente do dele. Agarrou-se nele, nas escadas, e ali ficou, não tentando se aproximar do garoto. Era melhor ficar longe e não se mover para não correr o risco de cair. E também porque poderia dar um tapa em Aloysius se chegasse perto dele, mesmo.[ ~ ]

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:07

Sem o cuidado daqueles que velam e prezam tanto a vida sem sequer vivê-las, escalei os degraus da escada de ferro e fui para até o teto do vagão. Sentei-me lá, certificando-me de que Anne também conseguira alcançar a trupe circense. Voltei meus olhos para frente, enxergando alguns vagões, carros e a carruagem acompanhando a curva da trilha. O caminho era esburacado, isso fazia os vagões balançarem e eu nunca estaria inquieto ou seguro. Nunca estivemos, eu diria. Estávamos lançados aos ventos do acaso, que brincavam com meus cabelos agora.

**Administrador** Seg 23 Jan 2012, 11:08

[ ~ ] Grunhiu ao vê-lo dar uma de macaco novamente. Esperou o trem parar de chacoalhar para fazer o mesmo e sentou-se no teto de seu vagão, achando a alça de uma porta no teto para se segurar durante os solavancos. Observava a paisagem passar rapidamente e o vendo bater-lhe no rosto. Gostava daquela sensação... Era semelhante à que sentia a bordo de um barco. Enquanto seguiam ambos em cima do trem, pensava em alguma maneira de soltar aqueles animais quando parassem. Seria divertido... [ ~ ]

FIM

**Administrador** Sex 03 Fev 2012, 18:31

ATO NÚMERO 37

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O vermelho e branco de suas vestes. As tonalidades claras e escuras entrelaçadas no loiro de seus cabelos.
Nos olhos grandes, o branco e o azul disputavam espaço.
Havia de ser Lizzy! Sentada no pneu pendurado ao galho d'árvore. Balançando, balançando...
Suas cores borravam no movimento tímido do brinquedo. Da árvore cercada da relva alta. Relva sem graça, de cor desbotada.
Expressão sem graça, no rosto de Lizzy. De cabeça baixa, vendo os pés descalços de um lado para o outro.

**Administrador** Sex 03 Fev 2012, 18:32

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E lá vai o jovem Leharuin cercado por suas fiéis borboletas, e lá vai o jovem Leharuin caminhar por campos tão sem graça, mas tão tranquilos. Sem humanos, nem nada. Apenas ele e suas borboletas.
Mas ele estava enganado. Oh, pobre Leharuin, sempre a bordo da ruína! Não muito longe encontrava-se uma colega de espécie.
Trágico, não havia para onde ir. Tirou uma maçã do bolso e agora brincava com ela distraidamente enquanto observava a jovem de cabelos claros. Deveria se aproximar? Talvez não... E duas borboletas afastaram-se de Leharuin para aproximarem-se da jovem. Seria perigosa? As borboletas voltaram e logo ele soube: Naquele momento, não era. Deu mais alguns passos, talvez devesse dizer algo, se tivesse sorte seria uma simples garota assustada que correria para longe, em busca dos pais quem sabe?

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